Para a época 2011/2012 foi lançado nos jornais desportivos
portugueses a possibilidade da vinda de Juan Manuel Iturbe Arévalos,
para o F.C.Porto. Um jovem com apenas 17 anos com dupla nacionalidade (Argentina
e Uruguaia), que já estava a ser disputado por vários clubes das América do
Sul, e observado por grandes clubes europeus como F.C.Porto, Manchester United
entre outros. A expectativa envolvente na transferência do internacional pelas
camadas jovens da Argentina era enorme, devido ao seu enorme potencial reconhecido
por todos e apelidado pelo novo Messi, “Mini Messi”. Os adeptos mais
interessados visualizaram diversos vídeos deste miúdo, e todos se aperceberam da
grande capacidade de finta que este possuía e sincronizava com a sua velocidade
para contornar os adversários como se estes fossem pinos estáticos.
No entanto o seu primeiro ano em Portugal não foi muito auspicioso,
as posições que este desempenha, já eram ocupadas por consagrados e se
juntarmos a isto a filosofia do FCP em não utilizar jogadores vindos do outro
lado do atlântico sem que estes estejam minimamente adaptados ao futebol
europeu, consegue-se explicar a pouca utilização de Iturbe (7 jogos divididos
por 151 min).
Em relação ao jogo hoje analisado (F.C.Porto B vs Penafiel), de realçar que este jogo
serviu para dar minutos de jogo a Itube, jogando na equipa B do F.C. Porto,
inserido na 2ª Liga Portuguesa.
Iturbe aparece na ficha deste jogo como cabeça de cartaz o
que fez com que tivesse mais atenções defensivas por parte do adversário. Por
norma os jogos da 2ª divisão são muito físicos e muito faltosos, ainda mais
quando envolve o FCP, devido à técnica intrínseca da maior parte dos seus
atletas que têm de ser parados de qualquer maneira. Assim sendo e tendo em
conta as características físicas de Iturbe, não sendo um jogador de choque, as
dificuldades seriam previsíveis para uma equipa com falta de automatismos visto
que foram vários os jogadores da equipa principal a participar neste jogo.
Iturbe sofreu na pele a marcação serrada por vezes de mais do que um
adversários, o que explica que a percentagem de dribles bem executados (10)
andasse perto dos 58%, sendo a maior parte destes parados por falta (5 sofridas).
Na recepção de bola, a técnica deste esteve estampada, tendo conseguido com
sucesso por 23 vezes e apenas por uma vez de forma defeituosa. A nível do passe
tanto o curto como o longo, esteve irrepreensível, falhando apenas 1 curto. Itube
não esteve ao seu nível, assim como a maior parte da sua equipa, que apresentou
uma média de idades, de altura e de peso inferior ao adversário, e que permitiu
que este impusesse o físico e experiência, anulando muitos lances de ataque. No
entanto, na minha opinião, Iturbe e companhia poderiam ter corrido mais sem
bola, criando linhas de passe, executando tabelas e soltando a bola de forma
mais rápida e menos denunciada.
Nota global: 5